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27 dez

VALUATION NÃO É UM BICHO DE SETE CABEÇAS

Foi ao ar na segunda-feira, 26, o último live do evento Encontros Academy: Profissões do Futuro. Desta vez, Rodrigo Godoy, head da EXAME Academy, recebeu um time de especialistas para debater a importância do valuation no mercado financeiro.

A conversa teve a participação de: Bruno Lima, head do BTG Pactual digital Equity Research; Edgard Cornacchione, professor titular da FEA/USP e presidente da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (FIPECAFI); Thiago Duarte, analista de ações do BTG Pactual; e Ricardo Franca, analista de investimentos na Investment One Partners.

O termo valuation é usado como referência a um método sistematizado de avaliação de cenários econômicos que tem como objetivo estimar o valor de mercado e a saúde financeira de empresas. 

“Parece complexo, mas é um processo simples, que auxilia na tomada de decisões. Quando você decide investir o seu capital, quer tomar uma decisão baseada em boas premissas, para conseguir concretizá-las em algum valor. O valuation é justamente a ferramenta que vai te capacitar para tomar uma decisão que faça sentido economicamente”, pontuou Bruno Lima.

O processo de avaliação de uma empresa pode ser feito tanto com base em premissas quantitativas (relacionadas a modelos matemáticos) ou qualitativas (relacionadas ao modelo de negócio). E é bastante comum que os modelos sejam encarados como opostos.

Mas, segundo Thiago Duarte, apontado como o melhor analista do Brasil pela Institutional Investor, combinar ambas as variáveis é o melhor caminho para chegar a uma avaliação mais assertiva e bem fundamentada.

“Entender a natureza de uma empresa (como a cultura e gestão se refletem na sua capacidade de superar desafios e performar melhor do que a concorrência, por exemplo) é qualitativo, mas de alguma forma conversa com as premissas e projeções matemáticas. Então é muito difícil fazer uma distinção. A arte de moldar as variáveis quantitativas e qualitativas é que trazem um bom valuation”, disse.

“Eu vim de uma trajetória mais quantitativa, computacional, mas percebo que o componente qualitativo pesa cada vez mais”, complementou o professor Edgard Cornacchione. “A gente precisa ter a capacidade de ser crítico e prestar atenção no que está acontecendo, mesmo quando estamos discutindo um tema mais fundamentalista ou uma propriedade mais técnica. Isso tem que estar nos nossos currículos”, destacou.

Profissional do futuro

Com a crescente demanda por profissionais capazes de analisar, identificar e originar oportunidades no mercado financeiro, as habilidades necessárias para as trabalhar com valuation também foram destaque durante a conversa.

“Valuation não é um bicho de sete cabeças. Sempre falo que a gente só usa as quatro operações matemáticas: soma, subtração, divisão e multiplicação. Mas conseguir entender o corpo da companhia, o modelo de negócio, as vantagens… esse é o negócio. Para isso, é importante se aprofundar nos materiais que as empresas divulgam em seus sites e estudar companhias similares a elas fora do país”, destacou Ricardo Franca, da Atlas One Investimentos.

Curiosidade, capacidade de análise, senso crítico e persistência foram algumas das características apontadas pelos especialistas como essenciais para um profissional que deseja se destacar na área. 

Fonte: Agência Brasil

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