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7 fev

O QUE É FELICIDADE CORPORATIVA E COMO AS EMPRESAS ESTÃO ABORDANDO O TEMA?

A felicidade corporativa é um dos temas que vem ganhando cada vez mais espaço dentro das organizações. De acordo com a Harvard Business Review, profissionais mais felizes são 300% mais inovadores, 85% mais eficientes e 31% mais produtivos.

Agora que o conceito que aborda a felicidade dos profissionais no trabalho se popularizou, chegou a hora de botar em prática e entender como criar e sustentar ações e programas que trabalham o tema.

PILARES DA FELICIDADE CORPORATIVA

Quais são os pilares da felicidade corporativa? Como a digitalização de RH e CI podem ajudar? Essas e outras perguntas foram respondidas no novo episódio do Dialog Talks, que contou com a participação da Chief Happiness Officer, fundadora e diretora da Reconnect | Happiness at Work, Renata Rivetti. 

  1. EMOÇÃO POSITIVA: Como criar dentro da empresa ações que gerem essas emoções? Ela cita como exemplo a Microsoft, que faz pausas de 10 minutos entre as reuniões, resultando na felicidade e alta performance dos funcionários.
  2. ENGAJAMENTO: As pessoas não querem uma vida pacata, sem desafios, o que leva ao tédio. Renata explica que os desafios são sim necessários, mas dentro da capacidade de cada um. Caso contrário, gera ansiedade. Na prática, a liderança deve conversar com os colaboradores, entender o que gostam de fazer, suas paixões e talentos para então criar metas.
  3. RELAÇÕES POSITIVAS: Não é possível ser feliz no trabalho com uma liderança tóxica. Colaboradores precisam de ambiente com segurança psicológica, com reconhecimento e valorização. 
  4. SIGNIFICADO: Um pilar íntimo e pessoal, no qual pessoas precisam entender seu propósito na vida. No trabalho, as empresas devem fazer com que funcionários vejam esse “porquê” e identifiquem sua missão de ajudar a organização e a sociedade em geral (esse último é muito necessário, principalmente, para a geração Z). Uma forma de fazer isso é job crafting (redesenhar a função do profissional).
  5. REALIZAÇÕES: Muitas vezes, as empresas esperam o último mês do ano para celebrar os resultados. É necessário viver (e comemorar) o agora. Renata comenta sobre a necessidade em criar metas mais curtas e simples para sempre ter o sentimento de realização. Ela compartilha uma experiência própria, na qual lista 3 boas coisas que aconteceram na semana anterior.

BENEFÍCIOS DA FELICIDADE CORPORATIVA

Renata começa a entrevista desmistificando o pensamento de que a felicidade se resume às conquistas materiais e a empresas acreditarem que “dar benefícios, fazer um ambiente colorido e dar um brinde para o colaborador” basta. Ela esclarece que, sim, esses pontos são importantes, mas não garantem a felicidade no trabalho.

Então, o que faz alguém feliz em uma empresa? A diretora explica que existem dois aspectos: 

  1. TRABALHO: Pessoas precisam se sentir desafiadas, motivadas, ter senso de realização.
  2. RELAÇÕES: Ter conexões mais empáticas, reconhecimento e valorização, ambiente com segurança psicológica e confiança.

Sobre os benefícios em investir no assunto, a convidada fala que a relação entre felicidade e produtividade já foi provada por estudos da Deloitte, Gallup, entre outros. E que é quase instintivo e óbvio: pessoas felizes produzem mais.

CHIEF HAPPINESS OFFICER NÃO É SUPER-HERÓÍ

O profissional que possui essa certificação é o embaixador ou gestão do projeto de felicidade corporativa. Seu papel é diagnosticar o cenário, ouvindo pessoas (via pesquisa e entrevistas), entendendo como se sentem. Depois disso, o CHO (Chief Happines Officer) participa do planejamento do plano de felicidade corporativa. 

E com quem esse profissional mais interage? Com o RH (normalmente o CHO já é da área), a Comunicação Interna (que vai auxiliar na divulgação do plano) e a liderança (já que parte significativa do seu trabalho consiste na conscientização de mudança na mentalidade).

DICAS PRÁTICAS

Quando perguntada sobre quais são os conselhos para profissionais que querem construir uma agenda que lide com a felicidade corporativa, Renata lista 6 dicas.

  1. OUVIR PESSOAS: É preciso entender se os planos que impactam as pessoas na organização fazem sentido e se são prioritários para elas. Crie rodas de conversa para discutir o tema da felicidade.
  2. CONSCIENTIZE A LIDERANÇA: A capacitação é essencial, já que líderes têm papel decisivo na saúde da equipe, na sua felicidade (e também adoecimento). Mostre e engaje a liderança com fatos e dados.
  3. TREINE E CAPACITE COLABORADORES: A ideia de sucesso varia de acordo com as gerações, mas o que é comum a todas é a necessidade do autodesenvolvimento. A empresa então precisa fornecer ferramentas e treinamentos que ajudem nisso.
  4. FLEXIBILIDADE E AUTONOMIA: Não dá para voltar para 2019 e o modelo híbrido, mesmo polêmico, é o futuro. Nem todas as empresas vão adotar esse tipo de trabalho, mas é preciso flexibilizar pelo menos para conversar sobre. Essa abertura resulta na confiança dos colaboradores e no senso de que possuem voz ativa.
  5. SEGURANÇA PSICÓLOGICA: Pessoas precisam de espaço para se expressar. Organizações precisam estimular funcionários a falarem, reagirem, compartilharem dúvidas, acertos e erros.
  6. RELAÇÕES MAIS EMPÁTICAS: A liderança precisa estar próxima (independentemente do modelo de trabalho) de sua equipe, ouvir o que eles têm a dizer (seja sobre temas profissionais ou não) e ter empatia.

PAPEL DO RH E DA CL 

Se aprofundando no papel das áreas no tema, Renata explica que o RH é aquele que leva o tema para a empresa, faz a estratégia e implantação das ações e programas.

E a Comunicação Interna precisa estar “totalmente casada” com Recursos Humanos. Ela precisa ser envolvida no passo a passo: conscientizando colaboradores, envolvendo pessoas na construção e celebrando as conquistas, até mesmo as pequenas. 

Além disso, a tecnologia também ajuda no tema. Para Rivetti, a digitalização pode deixar a comunicação mais clara, mas é preciso usar da melhor forma. Ela cita como exemplos aplicativos ou funcionalidades de apps que buscam celebrar e reconhecer as pessoas, que influenciam na felicidade corporativa.

FONTE: MARCELA FREITAS PAES

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